A CRIAR VETERINÁRIA é um grupo de profissionais que presta serviço especializado em reprodução e produção de bovinos no estado da Bahia e região Nordeste.

Habilitada a utilizar todas as tecnologias disponíveis tais como:

Programa Sanitário anual; Implantação de Estação de Monta; Controle Reprodutivo das Fêmeas; Inseminação Artificial; Inseminação Artificial em Tempo Fixo; Exame Andrológico; Exame Ginecológico; Ultrasonografia Reprodutiva; Diagnóstico Precoce da Gestação; Sexagem Fetal; Utilização Racional das Pastagens, Suplementação e Técnica de Alimentação; Gerenciamento e Treinamento de Mão de Obra; entre outras.

A CRIAR Veterinária propõe que com planejamento e consultorias veterinária, zootécnica e administrativa, as fazendas de pecuária terão significativa melhoria no desempenho dos empreendimentos, principalmente com o aumento da colheita anual de bezerros, agregando desse modo valor Genético e Comercial aos animais maximizando a lucratividade na atividade.

Solicite uma visita diagnóstico à sua propriedade e conheça os nossos: Programa de Eficiência Reprodutiva e Plano Especial de Produção e Eficiência Reprodutiva

CONTATO:

e-mail:

Telefone:

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Importância da nutrição para a reprodução. Sua interação e quais estratégias usar

Introdução.
A falha na reprodução é o mais importante fator a limitar o desempenho da pecuária de corte. O baixo índice de desfrute do rebanho brasileiro é resultado principalmente de uma elevada idade ao primeiro parto das novilhas, e uma baixa taxa de prenhez das matrizes. O baixo desempenho reprodutivo reflete na baixa lucratividade da pecuária de cria. A quantidade de Kilos de bezerros desmamados por vacas colocadas em monta é o principal determinante da lucratividade do sistema, e diferente do preço de venda do bezerro e dos insumos, é um fator sobre o qual o pecuarista pode exercer algum controle. Desta forma, a principal meta para garantir a lucratividade em fazendas de cria é a obtenção de um menor intervalo entre partos (IEP) e uma alta taxa de prenhez como indicadores intermediários.
De modo a produzir um bezerro por ano, as vacas precisam conceber dentro de 83 dias após a parição. Para isto, o período de anestro pós-parto não pode se prolongar por mais de 60 dias. Após o parto, o sistema reprodutivo das fêmeas bovinas tem que retornar ao estado original e reiniciar a atividade cíclica sexual. Geralmente, a involução uterina de fêmeas zebuínas ocorre entre 25 e 35 dias após o parto, e o primeiro cio ocorre entre 40 e 60 dias após o parto. Se vacas zebuínas entram em cio até 60 dias após o parto, a pergunta é por que as vacas brasileiras apresentam período médio de anestro pós-parto acima de 7 meses?
No Brasil, e outras regiões de clima tropical, como o Norte da Austrália, apresentam um período de anestro pós-parto muito prolongado, entre 7-8 meses, sendo particularmente prolongado em fêmeas primíparas. A principal causa do longo período de anestro pós-parto é a falta de alimentação adequada. A má alimentação das fêmeas faz com que a produtividade de sistemas de criação de bezerros seja ao redor de 0,55 bezerros desmamados por vacas por ano, ao invés do potencial de 1 bezerro por vaca por ano.
Portanto a necessidade de se discutir a interação entre a nutrição e a reprodução, como funciona este mecanismo e o que pode ser feito como prática de manejo para minorar este problema que é o maior gargalo da pecuária de cria e o fator limitante mais sério na aplicação de tecnologias como inseminação artificial e transferência de embriões.
Nutrição e Reprodução
A reprodução é o processo fisiológico mais importante para a preservação de qualquer espécie. No entanto a alocação dos nutrientes para a reprodução não é a prioridade em nenhuma espécie doméstica. A alocação de nutrientes para os vários processos fisiológicos é chamada de partição de nutrientes. Uma representação esquemática desta partição é mostrada na Fig. 1, adaptada de Short et al. (1990). A manutenção dos ciclos estrais e iniciação de prenhez é o último processo fisiológico a receber os nutrientes, assim será o primeiro processo interrompido por causa de escassez de nutrientes.

Figura 1. Esquema de partição de nutrientes em vacas de corte. A ordem aproximada de prioridade na partição de nutrientes é a seguinte: 1) metabolismo basal, 2) atividade, 3) crescimento, 4) reservas corporais básicas, 5) manutenção de prenhez, 6) lactação, 7) reservas adicionais de energias, 8) atividade cíclica ovariana e iniciação de prenhez, e 9) reservas do excesso. Adaptado de Short et al. (1990).

Apesar de parecer contraditório, a pouca importância dada à reprodução quando da partição dos nutrientes, garante que a vaca emprenhe e gere um bezerro depois de 9 meses, somente quando existam condições mínimas para a sobrevivência do bezerro recém-parido. De nada adiantaria a vaca emprenhar sem ter condições de se manter e de produzir leite para a cria. Este mecanismo de adaptação a situações com baixo nível de nutrientes se faz presente mais fortemente nos trópicos, onde o manejo das vacas de corte é feito extensivamente com base em forragens perenes com relativamente baixa qualidade nutricional.
A literatura especializada estabeleceu Há muito tempo que a falta de nutrientes, em especial energia e proteína, interrompe o processo reprodutivo de vacas de corte e prejudica suas performances reprodutivas, aumentando a idade ao primeiro parto, o intervalo entre partos, e reduzindo a taxa de prenhez.
Os minerais estão classicamente também implicados como fatores de baixo desempenho reprodutivo em fêmeas bovinas, principalmente as deficiências de Fósforo e Magnésio como macronutrientes minerais e Selênio e Cromo micronutrientes minerais. O problema se agrava devido a deficiência destes elementos em praticamente todas as gramíneas tropicais a principal e mais econômica das fontes de alimento para bovinos.
As gramíneas tropicais economicamente são uma benção para a pecuária, pois são muito produtivas, mas é mister saber que ela tem suas limitações nutricionais, principalmente devido as suas variações dentro do seu ciclo produtivo e a época do ano. Estas variações vão aparecer visualmente nos animais com o índice chamado de Escore de Condição Corporal (ICC) variando de 1 a 5 sendo 1 muito magra e 5 muito gorda.
Vacas não vão entrar em atividade reprodutiva se estiverem com ICC abaixo de 3 e este ICC baixo vai fatalmente ocorrer se não for feita uma suplementação alimentar para os animais. E a nova pergunta: Quando e como Suplementar?
Os minerais precisam ser suplementados durante todo o ano em cochos que contemplem o consumo do insumo por todos os animais, localizando-os nos malhadouros das pastagens e devem ter de linha de 2 a 4 cm por cabeça no pasto. Suplementos energéticos e protéicos devem ser utilizados no período seco desde que exista forragem (pasto seco) a vontade para o animal. Estas ações vão manter sempre o rebanho com ICC alto e, portanto com alta fertilidade.