A CRIAR VETERINÁRIA é um grupo de profissionais que presta serviço especializado em reprodução e produção de bovinos no estado da Bahia e região Nordeste.

Habilitada a utilizar todas as tecnologias disponíveis tais como:

Programa Sanitário anual; Implantação de Estação de Monta; Controle Reprodutivo das Fêmeas; Inseminação Artificial; Inseminação Artificial em Tempo Fixo; Exame Andrológico; Exame Ginecológico; Ultrasonografia Reprodutiva; Diagnóstico Precoce da Gestação; Sexagem Fetal; Utilização Racional das Pastagens, Suplementação e Técnica de Alimentação; Gerenciamento e Treinamento de Mão de Obra; entre outras.

A CRIAR Veterinária propõe que com planejamento e consultorias veterinária, zootécnica e administrativa, as fazendas de pecuária terão significativa melhoria no desempenho dos empreendimentos, principalmente com o aumento da colheita anual de bezerros, agregando desse modo valor Genético e Comercial aos animais maximizando a lucratividade na atividade.

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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Interação entre Eficiência reprodutiva e a lucratividade na produção de leite.

Introdução.

O que determina a lucratividade de um sistema de produção de leite é com que eficiência o produtor promove a interação entre os vários eixos de relação entre produtividade e custo dentro de seu ciclo de produção (CP), o qual se correlaciona fortemente com o intervalo de partos (IP). O CP termina em tese quando todas as matrizes completarem uma lactação e este fato está diretamente relacionado com o IP, pois quanto menor o IP menor o CP. A produção é a mesma, mas, como ciclo é menor a lucratividade é maior. Este artigo tem o objetivo de explicar esta relação, demonstrando como se pode aumentar a produção de leite caso o produtor invista na eficiência reprodutiva do rebanho, que acarretará por fim em um aumento bastante significativo da lucratividade do seu negócio.



Intervalo de partos = a ciclo de produção?

É correto afirmar que entre um parto e outro cada fêmea completa uma lactação. Portanto se, por exemplo, tivermos um rebanho com 100 vacas em idade reprodutiva e conseqüentemente capaz de realizar uma lactação e assumindo que como padrão para ser uma vaca de leite e não de corte a fêmea deve ser capaz de produzir pelo menos 3000 Kg de leite em uma lactação ajustada para 300 dias, teremos uma produção de 300.000 litros de leite quando todas às vacas tiverem completado suas lactações e participado do processo produtivo. Com esses dados propomos 3 análises distintas para tornar claro o entendimento:

A) Intervalo de Partos 24 meses.

Se o intervalo de partos for de 24 meses, o que é muito comum ainda em fazendas de leite no Brasil a mesma, produziria apenas 150.000 litros de leite por ano (Opr. 1). Para a operacionalização da fazenda é como se ela tivesse que manejar dois rebanhos: um produzindo (50 vacas) e outro sem produzir (50 vacas). O problema é que todos os animais indistintamente geram custos de manutenção, e por tanto quando contabilizamos a produção de leite temos que dividi-la por todas as vacas da propriedade que são as unidades de produção.

Opr. 1.
PLA = NV x PPL: IP x 12
Onde:
PLA = Produção de Leite Anual.
NV = Número de Vacas em idade reprodutiva.
PPL = Produção média por lactação
.

Caso o valor do leite esteja por R$ 0,50 no seu ciclo de 24 meses seria faturado R$ 150.000,00 dando um total de R$ 75.000,00 por ano (Opr. 2) e R$ 6,250,00 por mês (Opr. 3). Este sistema é na verdade bastante rudimentar e normalmente não atinge nem estes valores, visto que o maior problema é nutricional e dificilmente as vacas conseguiriam atingir tais níveis de produção tendo portanto resultados inferiores ao demonstrado. Mas ele existe e é facilmente caracterizado quando se chega à fazenda e se tem metade das vacas em lactação e a outra metade no período seco.

Opr. 2.
FA = VLP x PLA
Onde:
FA = Faturamento Anual.
VLP = Valor do Leite ao Produtor
.

Opr. 3.
FM = FA : 12
Onde:
FM = Faturamento Mensal.

B) Intervalo de Partos 18 meses.

Resolvendo-se o problema nutricional com oferta de alimentos em quantidade e qualidade, que é a primeira grande intervenção do produtor na eficiência reprodutiva, com pouca ou nenhuma intervenção de profissional médico veterinário é possível alcançar o IP de 18 meses. Isto por si só é um grande avanço na produtividade da fazenda, pois apesar da produção de leite do ciclo ser a mesma, agora seria dividida pelos 18 meses do novo IP alcançado. Teríamos, portanto, um faturamento mensal de R$ 8.333,00, com uma diferença de R$ 2.083,00, ou seja, 33% maior, e a mesma cobrem com sobras os eventuais aumentos de custos.
Este segundo exemplo é mais caracterizado do que o descrito anteriormente, pois as vacas, com a sua alimentação resolvida conseguem expressar seu potencial genético de produção, ficando limitadas agora apenas, pelos problemas reprodutivos decorrente de sua função, problemas estes que precisam da presença constante do médico veterinário para serem suplantados.

C) Intervalo de partos 14 meses.

O IP de 12 meses é a meta a ser perseguida. No entanto, ainda é utópico. O que é possível na realidade é um intervalo de partos de 13 ou 14 meses, com a intervenção permanente de profissional médico veterinário trabalhando junto com os animais. Para exemplificar se a fazenda passar a utilizar dos serviços veterinários conseguiria em um médio prazo alcançar o intervalo de 14 meses e teria novamente um salto bastante significativo nos seus resultados econômicos.
O sistema alcançaria agora um faturamento mensal de R$ 10.714,00, ou seja, 29% maior que o IP de 18 meses e 71% que o IP de 24 meses. A diferença de R$ 2.381,00 do IP de 18 meses cobriria com sobra os custos da assistência veterinária permanente para 100 vacas, mesmo que o único benefício da mesma fosse este, que é apenas um dentre vários.
Levando-se em conta todas estas informações fica claro como cristal o quanto é importante o enfoque sobre a eficiência reprodutiva do rebanho, para o aumento da produtividade e da lucratividade em uma fazenda de leite.


Conclusão.

O aumento da tecnificação da produção de leite na verdade depende apenas da vontade do produtor de sair de um sistema de baixa tecnologia e eficiência para outro de alta tecnologia e resultados melhores. Os custos para isto são surpreendentemente baixos visto que, as alterações de manejo e descartes iniciais produziram rapidamente aumento de eficiência e produtividade, com impacto positivo no caixa da propriedade, que pode ser direcionado para as implementações de outras tecnologias num ciclo virtuoso de crescimento a cada etapa do processo.

Um comentário:

Virgílio Pacheco disse...

Dr Daniel
Muito bom artigo,alias todos tem
sido de otima quaidade,tambem quem sabe sabe.Estou com um artigo novo quase pronto.Voce gostou do comentario sobre o mercado do leite? abraço Virgílio Pacheco