A CRIAR VETERINÁRIA é um grupo de profissionais que presta serviço especializado em reprodução e produção de bovinos no estado da Bahia e região Nordeste.

Habilitada a utilizar todas as tecnologias disponíveis tais como:

Programa Sanitário anual; Implantação de Estação de Monta; Controle Reprodutivo das Fêmeas; Inseminação Artificial; Inseminação Artificial em Tempo Fixo; Exame Andrológico; Exame Ginecológico; Ultrasonografia Reprodutiva; Diagnóstico Precoce da Gestação; Sexagem Fetal; Utilização Racional das Pastagens, Suplementação e Técnica de Alimentação; Gerenciamento e Treinamento de Mão de Obra; entre outras.

A CRIAR Veterinária propõe que com planejamento e consultorias veterinária, zootécnica e administrativa, as fazendas de pecuária terão significativa melhoria no desempenho dos empreendimentos, principalmente com o aumento da colheita anual de bezerros, agregando desse modo valor Genético e Comercial aos animais maximizando a lucratividade na atividade.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sanidade Reprodutiva em Bovinos

Introdução

As doenças associadas à reprodução diminuem de forma significativa a rentabilidade dos rebanhos de corte e causam um grave problema no planejamento de médio e longo prazo dos rebanhos leiteiros que, na maioria das vezes passam desapercebidos.

A sanidade do rebanho, e em particular as afecções que direta ou indiretamente comprometem o trato reprodutivo de machos e fêmeas, impedindo a fecundação, causando abortos, repetições de cio, o nascimento de animais com porte inferior à média, disfunção hormonal, entre outros, inclusive a perda da função reprodutiva, é um dos principais fatores de interferência na eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos.


As Enfermidades

Dentre as principais doenças temos a Brucelose, Leptospirose, BVD, IBR-IPV, Neosporose, Trichomonose, Campilobacteriose, dentre outras.


Brucelose

A brucelose é uma doença infecciosa altamente transmissível, causada pela bactéria Brucella abortus, que acomete, preferencialmente, fêmeas em idade reprodutiva ativa causando abortamento no terço final da gestação, retenção de placenta, metrites, sub-fertilidade e até infertilidade. Em machos, causa: artrite, orquite e epididimite, além de ser uma zoonose.

A brucelose é a doenças infecto-contagiosa com maior impacto na esfera reprodutiva e tem como principal via de contaminação, a digestiva; por água, alimentos e pastos contaminados com restos de aborto, placentas, sangue e líquidos provenientes de abortos e partos de vacas e novilhas brucélicas. A transmissão pela monta por touros infectados também pode ocorrer, mas em menor proporção que a digestiva.

O diagnóstico é feito através da coleta de sangue e exames laboratoriais.

A prevenção é ralizada com a vacinação das bezerras de 3 a 8 meses que é obrigatória e só pode ser realizada por profissional habilitado.


Leptosprose

A leptospirose é causada por diversos sorovares da bactéria do gênero Leptospira, afeta animais e humanos, causando, principalmente, perdas por abortos em bovinos além de infecções disseminadas pelo organismo. A transmissão ocorre através da urina, parto, leite, abortos, mas principalmente através de roedores e animais silvestres infectados.

A vacinação de todos os animais (em rebanhos de incidência alta) deve iniciar em todos os bezerros após o desmame, seguidas por vacinações anuais (sempre com vacinas que abrangem o maior grupo de leptospiras). A primovacinação (1ª vez) precisa de um reforço com 3-6 semanas de intervalo. Como vacinação estratégica, pode ser realizada 1 (um) mês antes da estação reprodutiva.


BVD

A Diarréia Viral Bovina (BVD) é uma doença que deprime o sistema imunológico do animal, permitindo que outras doenças virais e bacterianas se estabeleçam e se disseminem.
Virose também conhecida por causar desordens reprodutivas, sendo que a infecção fetal (transplacentária) pode levar à morte embrionária, ou até defeitos congênitos (nascidos com o indivíduo, como a microencefalia, hidrocefalia, hipoplasia cerebral, defeitos oculares), surtos de diarréia, abortos, causando grandes perdas econômicas, entre outros.

A infecção com o vírus da BVD ocorre através das vias nasal ou oral, podendo ocasionar a morte do animal (jovem ou adulto) e o nascimento de animais pouco desenvolvidos que podem tornar-se portadores da enfermidade.

O controle pode ser efetuado através de vacinas inativadas (seguindo o esquema do fabricante), geralmente associadas a outros agentes infecciosos como a parainfluenza. Como vacinação, pode ser realizada em animais de 8 a 12 meses, recomenda-se reforço anual e estrategicamente 1 (um) mês antes da estação reprodutiva.


IBR

Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) e Vulvovaginite pustular (IPV) fazem parte do complexo Herpesvírus bovino, causadas pelo HVB tipo-1, responsáveis por abortos, entre outras enfermidades causando também graves impactos econômicos.

A IBR é a forma respiratória, ocasionando febre e lesões de transtorno nas vias superiores do animal, com quadros respiratórios graves (às vezes) em animais jovens.

A IPV é uma infecção da mucosa vaginal e da vulva que manifesta-se por edema, secreção com exsudato, pústulas de conteúdo mucopurulento, transtorno no ato da micção, endometrites, repetições de cio e infertilidade temporária por período igual ou superior a 60 dias, quando retorna o ciclo estral normal e fértil.

A infecção nos touros possui caráter importantíssimo na disseminação da enfermidade através da cópula, com lesões no pênis e prepúcio, além do sêmen contaminado, os touros transmitem, a cada monta, o vírus às fêmeas sadias.

Em áreas endêmicas a vacinação deve acontecer nos bezerros de 6-8 semanas e gestantes a partir da segunda metade da gestação e repetindo a vacinação anualmente para manter a imunidade. Para fêmeas adultas, a vacinação deve acontecer no início da estação reprodutiva.


Neosporose

A Neosporose é causada por um protozoário o Neospora caninum, nas vacas a principal manifestação é o aborto, mas se a contaminação ocorrer no último trimestre da gestação, o feto desenvolve imunidade, nasce saudável, porém é um portador latente. Nos animais jovens pode surgir encefalite.

A forma mais importante de contágio entre os bovinos é da mãe para o feto. O parasita tem como hospedeiro definitivo cães e coiotes, que eliminam os oocistos (ovos) nas fezes contaminando o ambiente, alimentos e outras espécies (bovinos, caprinos, ovinos e eqüinos).

As vacinas podem ou não evitar o aborto, mas não impedem a contaminação. O tratamento dos animais é caro e ineficaz.


Trichonomose

A Trichomonose é uma doença infecciosa e sexualmente transmitida, causada pelo Trichomonas foetus que afeta fêmeas e machos em idade reprodutiva, causando morte embrionária, aborto, repetições de cio, corrimento vaginal, endometrites, piometras, ou fetos macerados, como conseqüências diretas, pois o maior prejuízo está na diminuição de nascimentos e na demora do estabelecimento da prenhez, como forma indireta.

A principal via de transmissão acontece durante a cópula (monta) onde o macho infectado contamina a fêmea ou é contaminado por esta.

O tratamento das fêmeas é praticamente ineficaz e desnecessário, pois a maioria destas recupera-se após um descanso sexual. Prostaglandinas podem ser usadas no sentido de fazer uma "limpeza" do útero e regularizar o ciclo estral.

Os machos contaminados, com idade superior a 5 ou 6 anos devem ser descartados, pois geralmente tornam-se portadores disseminando a doença.

Vacinas inativadas podem ser usadas em touros jovens para evitar a propagação da enfermidade, mas o tratamento mais eficaz para as fêmeas é o uso da Inseminação Artificial com sêmen de reprodutores isentos da enfermidade.


Campilobacteriose

Pouco conhecida da maioria dos criadores e ausente dos programas oficiais de prevenção e tratamento de enfermidades, a Campilobacteriose é uma enfermidade assim denominada por ser causada por espécies do gênero Campilobacter fetus subesp. venerealis, sendo também uma doença venérea, exclusivamente de bovinos que não causa nenhum mal aos machos, mas inflamações no trato genital feminino podendo levar até a infertilidade, passando por baixa taxa de natalidade, repetições de cio, endometrite e abortos.

O tratamento em bovinos é desaconselhável, pois os resultados são insatisfatórios e antieconômicos. O descarte dos animais infectados é recomendado bem como o uso da inseminação artificial com sêmen de reprodutores isentos da enfermidade.


Conclusão

Desta forma, fica evidenciado que as afecções que acometem o sistema reprodutivo de machos e fêmeas causam imensas perdas econômicas e portanto o seu controle preventivo é de fundamental importância para se obter maior número de nascimentos de bezerros e, conseqüentemente, maior rentabilidade na produção. Alcançando então um dos principais objetivos dos produtores é diminuir seus custos de produção e aumentar a eficiência reprodutiva e produtiva dos rebanhos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Excelente e oportuna reportagem,
a cada dia este blog se supera e se torna mais útil e agradável.
Parabens a todos.
Edson S Almeida
S S Passé - Ba
almeidaeds@ig.com.br

Anônimo disse...

Parabens,Dra, Ana Cristina,muito bom o tema escolhido sei que é o primeiro de muitos que viram.
Virgílio Pacheco.
pacheconsultor@hotmail.com

Daniel de Castro Burgos disse...

Muito bem Dra Ana Cristina, espero que este seja o primeiro de muitos artigos relevantes para os nossos amigos, parceiros e clientes.

Vilmar Fruscalso disse...

Parabéns Dra. pela forma clara e objetiva como tratou do tema. Acredito que, os 3 grandes desafios da bovinocultura de leite sao: nuticao, mastite e reproducao.

Abraco
Vilmar Fruscalso
Eng. Agronomo - EMATER-RS
vilfrus@yahoo.com.br